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Foto do escritorinstitutocuricaca

Bioma Pampa receberá atenção especial do Ministério Público Federal

Aconteceu no dia 23 de setembro, no Palácio do Ministério Público do Rio Grande do Sul, uma audiência pública sobre o tema “A situação atual do Bioma do Pampa e o Papel do Ministério Público”, o evento é uma promoção do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O uso indiscriminado de agrotóxicos, o impacto socioambiental das hidrelétricas, a silvicultura e as áreas de preservação permanente, foram alguns dos tópicos debatidos no encontro. Além disso, diversos participantes apontaram nas suas intervenções que as monocultura prejudicam o Pampa gaúcho e ressaltaram a importância da biodiversidade para o ecossistema. Os eólicos também foram apontados com preocupação para algumas áreas.



O representante do Instituto Curicaca, Jan Mähler Jr., manifestou sobre as implicações das mudanças no Código Florestal sobre a conservação do Pampa. A lei, que tem sua origem num olhar para vegetação fechada, apresenta problemas na sua aplicação nesse bioma. O biólogo destacou que “a conservação do campo nativo pode acontecer associada à pecuária extensiva e as áreas utilizadas com esse fim não podem ser enquadradas como áreas consolidadas no Cadastro Ambiental Rural – CAR”.


Desde 1997, o Instituto Curicaca busca interferir em políticas públicas para o fortalecimento da pecuária na Região dos Campos de Cima da Serra tendo protagonizado algumas iniciativas com pecuaristas locais para o manejo conservacionista em parceria com a Faculdade de Agronomia da UFRGS. Uma política séria e contínua de apoio à pecuária em campos nativos do Rio Grande do Sul ainda continua sendo uma demanda e é a melhor alternativa para a conservação e uso sustentável do Pampa. Sem capacidade de concorrer economicamente, é substituída por monoculturas que degradam ambiente e paisagem e destroem culturas.


De fato, o Ministério Público tem muito o que fazer para ajudar a conservação da biodiversidade no Bioma e a manutenção de sua riqueza cultural. A vontade de criar uma Promotoria Especializada para o Bioma é muito bem vinda e deveria ser assumida como uma bandeira de luta por todos os interessados em manter características únicas do Rio Grande do Sul em relação a todo o Brasil.

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