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Cervo-do-pantanal é fotografado no Banhado Grande

Foto do escritor: institutocuricacainstitutocuricaca

O primeiro registro fotográfico do cervo-do-pantanal no Banhado Grande confirma que as estratégias de conservação da espécie devem envolver o conjunto de remanescentes de banhados e corredores ecológicos da bacia do Gravataí, como indicavam os estudos preliminares feitos pelo Programa de Conservação do Cervo-do-pantanal no Rio Grande do Sul (PROCERVO). A informação científica já foi apontada para o processo de revisão da lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção do estado, sugerindo a modificação da justificativa de ameaça da espécie sem alteração do grau de criticidade em que se encontra.



A equipe do Instituto Curicaca vem testando equipamentos de monitoramento nos alvos de conservação e corredores definidos no plano de conservação. São os passos preliminares para iniciar um projeto contínuo de avaliação da população relictual desse cervídeo no Rio Grande do Sul. No mês de junho, a espécie foi fotografada em uma das áreas consideradas pelo plano como de extrema relevância para ações de conservação da espécie e dos banhados, que são seu habitat natural.


O estudante de biologia, Ismael Brack, membro da equipe que está instalando as armadilhas fotográficas, ficou muito feliz com o resultado. “Mesmo operando equipamentos analógicos ultrapassados e com limitações financeiras, conseguimos esse registro. Quando estivermos trabalhando com as condições ideais, as dúvidas sobre essa população na bacia do Gravataí e suas interações com o grupo que habita o Refúgio estarão mais bem esclarecidas”, completou o pesquisador.


A presença dos animais na área monitorada já havia sido detectada pelo Instituto Curicaca por meio da visualização das pegadas, que apareciam em maior quantidade no local onde foi feito o registro. As pegadas também foram encontradas em partes do corredor ecológico que interconecta o Refúgio com o alvo de conservação onde o cervo foi fotografado. Isabel Lermen, estudante de biologia que também integra a equipe, destaca que “o registro foi muito importante para motivar o grupo de pesquisadores, mas precisamos instalar um número maior de armadilhas fotográficas para compreender o estado da população e a funcionalidade dos corredores ecológicos planejados”.


O Instituto Curicaca, que coordena o PROCERVO, continua em busca de apoio para intensificar as pesquisas sobre a última população dessa espécie no estado. Um conjunto de vinte oito ações está previsto para evitar a extinção do cervídeo no Pampa gaúcho, dentre as quais estaria o monitoramento fotográfico e por telemetria.

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