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Corredor Trinacional é tema de reunião no Paraná

Entre 2002 e 2004, o Instituto Curicaca esteve envolvido com a iniciativa do WWF em elaborar uma visão de biodiversidade da ecorregião Florestas do Alto Paraná. Uma das ações da época foi buscar a implantação do Corredor Trinacional de Biodiversidade, que promoveria a conexão entre as florestas do Brasil, do Paraguai e da Argentina. Devido a este envolvimento, o Curicaca foi convidado, pelo Mater Natura, a participar da reunião da Rede Gestora do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná , parte de um projeto realizado pela ONG junto ao Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).



No dia 3 de setembro, a porção sul da Rede Gestora do Corredor realizou uma reunião no Parque Nacional de Iguaçu. Foram discutidas as possibilidades de implantação do Corredor, as dinâmicas de gestão e a iniciativa do Corredor Santa Maria, que conecta o Parque Nacional do Iguaçu com a mata ciliar de Itaipu. O Corredor de Biodiversidade, que liga Brasil, Argentina e Paraguai, visa permitir a dispersão dos genes de flora e fauna. No entanto, vem enfrentando dificuldades frente ao desinteresse e resistência do governo brasileiro, principalmente do Itamaraty, em reconhecer formalmente um espaço de gestão na fronteira do Brasil com outros países.


O interesse do Instituto Curicaca em envolver-se novamente com o Corredor Trinacional deve-se, principalmente, ao fato de o Parque Estadual do Turvo estar localizado na sua porção sul. Essa Unidade de Conservação é de extrema relevância biológica e o único lugar onde é possível encontrar a onça-pintada no Rio Grande do Sul. A viabilidade destes animais depende diretamente da funcionalidade do Corredor Trinacional e da conservação das florestas de Misiones, na Argentina. O novo gestor do Parque, Dante Meller, também esteve presente na reunião e demonstrou interesse em uma cooperação com o Curicaca, que viesse a somar na busca de maior efetividade da área protegida.


Na reunião também foram formados dois grupos de trabalho. O primeiro deverá elaborar uma proposta de reconhecimento formal do Corredor de Biodiversidade para ser apresentada ao governo brasileiro e outras instâncias internacionais. O segundo propõem avaliar a melhor forma de realizar um seminário para tratar da situação dos corredores ecológicos no Brasil. A próxima reunião da Rede Gestora ficou indicada para novembro desse ano.

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