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Curicaca e Kaingang firmam parceria pela restauração da floresta na Terra Indígena Rio dos Indios

Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, tem sido palco de imensa luta na retomada do território pelo povo Kaingang. Única Terra Indígena homologada no Sul do Brasil pelo presidente Lula em sua mais recente gestão, continua cercada de conflitos pela pressão de colonos e de políticos locais contrários à presença do povo originário. Gradativamente, a Funai vem indenizando as propriedades, nesse momento com ajuda das Forças de Segurança Nacional.



Ocupar o território com árvores nativas é um desejo do cacique Luis Salvador, junto com seu povo. Os Kaingang têm nas árvores uma metade espiritual e muitos tem nomes de espécies da flora e da fauna. “A vida Kaingang depende das florestas e restaurar a mata na Terra Indígena Rio dos Indios é um legado para as crianças indígenas e também para as futuras gerações de toda a nossa sociedade”, destaca o cacique.


“Estamos aqui plantando árvores num mutirão com homens e mulheres, com adultos, jovens e crianças, apoiando a retomada Kaingang em seus territórios originais e ajudando na busca de soluções para a crise climática”, afirma Alexandre Krob, coordenador técnico da ONG. “Essa foi apenas a largada. Tendo a restauração como tema central, já estamos combinando com as lideranças outras ações estratégicas”, complementa.


Os plantios aconteceram em meio aos jogos tradicionais Kaingang. A integração entre adultos, jovens e crianças é enorme. Cada competição é acompanhada da versão infantil. As corridas em que homens e mulheres carregam toras de árvores nas costas é precedida pela versão com chocalho para os pequenos. Da mesma forma no cabo de guerra.


“O evento esportivo entremeado por danças e comidas típicas, como o pão assado na brasa e o fuá, e uma convivência intensa por três dias nos trouxeram muita alegria e aprendizados. Já estamos na espera do encontro de danças Kaingang, que está sendo organizado pelo prof. Kleber Claudino”, relata Patrícia Bohrer, coordenadora de educação e cultura do Curicaca, que, junto com a prof. Liziane Salvador, também tradutora da língua indígena, realizou atividades lúdicas com as crianças.

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