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Curicaca pede ao Ministério Público que cobre da Prefeitura ações definitivas de proteção aos quelônios no Anfiteatro Pôr do Sol

Após ter realizado ações temporárias de controle do impacto do Festival TURÁ 2023 aos quelônios que frequentam o Anfiteatro Pôr do Sol, o Instituto Curicaca buscou o Ministério Público Estadual pedindo que intervenha junto à Prefeitura Municipal de Porto Alegre pela implantação de infraestrutura permanente e definitiva.



Acontece que, independente de ocorrer um evento, no período reprodutivo, cerca de 4 a 6 meses, na primavera e início do verão, os quelônios deslocam-se intensamente na área e sofrem predação por cachorros, atropelamento por veículos circulantes e outros impactos decorrentes de atividades cotidianas do local.


Durante o monitoramento prévio ao evento, a equipe do Curicaca encontrou indivíduos de cágado-de-barbicha (Phrynops hilarii) deslocando-se próximo à Av. Edvaldo Pereira Paiva. Usuários curiosos com nosso trabalho relataram situações em que os animais ao terminarem a postura deslocam-se na direção oposta ao rio e são atropelados na avenida.


Para que os eventos possam ocorrer com tranquilidade, sem dependerem de barreiras temporárias, que oferecem um certo risco, é preciso barreiras definitivas, como já aponta o estudo contratado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanização em 2021, as diretrizes que o órgão publicou em 2022, o que foi enfatizado no relatório técnico entregue pelo Curicaca à Prefeitura e ao Ministério Público.


Antes, durante e depois do TURÁ 2023, conforme acordo com a T4F e a SMAURB, a ONG realizou diversas ações temporárias na área do evento - detecção e realocação de ninhos, evitação que os quelônios entrassem nas áreas internas na montagem, no show e na desmontagem, bem como monitoramento externo em todo o perímetro.


O esforço incluiu uma equipe grande, que iniciou os trabalhos cerca de 20 dias antes do TURÁ, finalizando após toda a retirada de estruturas. No entendimento dos especialistas da ONG, as medidas precisam ser definitivas e isso já está previsto num estudo contratado pela prefeitura em 2022, mas, por enquanto, seguem apenas medidas paliativas.

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