A Estação Ecológica do Taim está propondo a ampliação de seu território de atuação que acrescenta aos 10.764 hectares atuais, outros 22 mil hectares, totalizando quase 33 mil hectares em área de preservação. A iniciativa foi amplamente discutida e negociada com a comunidade, dando-lhe consistência, e segue agora internamente no ICMBio em busca de avaliação e prioridade. A ampliação iminente é muito comemorada no Instituto Curicaca. Cabe lembrar que a Unidade de Conservação já teve este tamanho, mas foi reduzida em sua área por uma medida judicial que questionou a forma como foi realizada a ampliação anterior.
Alguns dos fatores que motivam a ampliação da UC são: o aumento da pesca artesanal na região, que tem afetado a icitiofauna da ESEC do Taim, além da pecuária e da agricultura que estão retardando a sucessão vegetal natural dos campos paleáceos, e da rodovia federal BR-471, que corta e tangencia a área da unidade, a qual causa o atropelamento de vários animais. Sem contar que há uma grande pressão para a instalação de parques eólicos nos arredores da UC, que podem vir a prejudicar as rotas de espécies de aves migratórias.
Além da ampliação, a ESEC do Taim está propondo a definição de uma Zona de Amortecimento, que deverá minimizar os impactos indiretos. Segundo o gestor, Henrique Ilha, um fator importante foi o critério que procurou excluir as propriedades menores que 200 hectares, como forma de minimizar o impacto socioeconômico na região, pois foi verificado que há um grande número de proprietários nestas condições, com culturas de baixo impacto ambiental, em geral pecuária extensiva e de subsistência.
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