A revisão da lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul está chegando em sua fase final. A próxima etapa é a de consulta pública, que acontece de 1º a 15 de julho e é feita com base na lista construída por 275 especialistas de 70 diferentes instituições. A consulta é feita através do site da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, realizadora do estudo.
O resultado preliminar dos especialistas indica que, entre 1600 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados analisadas, 274 estão ameaçadas de extinção. A última lista, publicada em 2002, indicava 261 espécies, porém não pode ser feita uma comparação direta, já que os critérios adotados foram outros. Além disso, a quantidade de dados analisados nesta última pesquisa foi maior e o resultado definitivo só será conhecido após a consulta pública.
Os critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados).
Uma das espécies que constam na lista preliminar é o dourado, peixe migrador ameaçado de extinção principalmente por causa da sobrepesca, isto é, a pesca que ultrapassa os níveis sustentáveis, e também pela construção de barramentos de hidrelétricas, que o impedem de se deslocar rio acima. As contribuições quanto à inclusão ou exclusão de espécies da lista podem ser feita por “qualquer cidadão, brasileiro ou estrangeiro”, mas não serão aceitas sugestões que não sejam acompanhadas por um bom embasamento técnico.
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