Desde 2010, o Instituto Curicaca se dedica à criação de uma gestão integrada das áreas protegidas situadas no Planalto, Encosta e Planície Costeira do Rio Grande do Sul. O projeto do Mosaico Porta de Torres - nome dado em homenagem ao Padre Balduíno Rambo, que nomeou o local em referência às “torres” de pedra que hoje estão no Parque da Guarita, portas de entrada da Mata Atlântica no estado - teve seus trabalhos retomados em agosto e já tem data marcada para a 2ª Oficina Técnica de Planejamento, que acontece na primeira quinzena de dezembro, em Torres.
Em reunião realizada em agosto no município de Itati, na sede da Reserva Biológica Mata Paludosa, os gestores de algumas das áreas protegidas envolvidas discutiram os futuros passos para a implementação do Mosaico. A organização da próxima oficina de planejamento técnico foi o primeiro deles. Para isto, serão convidadas as mesmas áreas protegidas que fizeram parte do primeiro encontro, entre elas áreas federais, estaduais, municipais, privadas, além do Pró-Mata, da PUC-RS, de quilombolas e indígenas da região.
Pensando na agilidade do processo, foi solicitado que até o dia da oficina as cartas de adesão das áreas protegidas que já haviam sido fornecidas sejam renovadas e as das Unidades de Conservação (UCs) estaduais e federais sejam providenciadas. Além disso, deve ser verificado o registro das UCs junto ao cadastro nacional (CNUC), um pré-requisito para fazer parte do Mosaico. O objetivo da oficina é concluir a proposta e o mapa do projeto que será enviado ao Ministério do Meio Ambiente.
A reunião também trouxe novas sugestões para o melhor funcionamento do Mosaico. A inclusão do Parque Turístico da Guarita; o encaminhamento do projeto em duas fases, incluindo primeiramente as áreas que consigam agilizar seu processo de adesão, mas sem deixar de fora outras áreas interessadas, que entrariam na segunda fase; e a retomada do diálogo com a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Recanto do Robalo. Outra definição importante foi a oficialização da parceria entre a Rede de Conservação de Áreas Protegidas do Litoral Norte e o Instituto Curicaca, que passam a tocar juntos essa iniciativa.
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