A reunião do Programa de Conservação do Cervo do Pantanal no Rio Grande do Sul – PROCERVO -, que aconteceu sexta-feira passada, na Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB), teve como objetivo ranquear comparativamente a qualidade ambiental das categorias de uso e ocupação do solo na bacia do rio Gravataí, com a finalidade de estabelecer corredores ecológicos para o cervo do pantanal. Atualmente, a espécie tem utilizado banhados e matas paludosas e maricazais associados para a locomoção entre os remanescentes.
A classificação foi realizada pelos participantes com base nos conhecimentos da ecologia da espécie, nas experiências de observação de campo da área em análise, nos conhecimentos de ecologia e biologia da conservação e considerando o etnoconhecimento da comunidade, agregado pelo esforço das entrevistas que vêm sendo realizadas pelas biólogas do Curicaca.
A criação dos corredores ecológicos não abrange somente a recuperação de habitats, mas inúmeras outras ações, como, por exemplo, os esforços para a redução da caça. Essas ações fazem com que seja garantida ou recuperada a capacidade de deslocamento do cervo entre os habitats preferenciais existentes na paisagem. Foi definido, no encontro, que o principal critério para ranqueamento das categorias será a qualidade do local para a sobrevivência do cervo, mas também será, posteriormente e acrescido como elemento complementar de qualificação, um mapa temático indicando as ameaças e oportunidades à conservação da espécie.
A reunião teve a participação de técnicos e pesquisadores do Instituto Curicaca, da Fundação Zoobotânica, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), na pessoa do professor Maurício Barbanti, especialista em cervídeos.
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