O processo de elaboração do Plano de Uso Público do Parque Estadual de Itapeva está em curso e foi apresentado aos conselheiros do parque no dia 29 de maio, em reunião extraordinária realizada em Torres (RS). A realização do Plano é de grande importância por trazer retornos positivos para a sociedade e que vão além da conservação do meio ambiente do local. O desenvolvimento sustentável da região e a atividade turística são alguns dos benefícios que tendem a evoluir após sua instauração.
O Instituto Curicaca, que faz parte do Conselho e atua na Unidade de Conservação desde o processo que levou a sua criação, participou da reunião e identificou algumas deficiências do projeto, que é de suma importância em âmbito ambiental, social econômico.
A pauta prevista para o encontro indicava a realização das avaliações do diagnóstico e do levantamento das informações e a discussão do formato final do diagnóstico. Entretanto, a equipe técnica contratada para a elaboração do plano ainda não apresentou resultados que possibilitassem estas reflexões. A empresa somente indicou que os levantamentos necessários para a elaboração do diagnóstico estão sendo realizados, e que acontecerão sequencialmente três oficinas de planejamento participativo com os conselheiros e convidados, com o setor turístico e com um misto de ambos, tendo como base para o planejamento uma metodologia surpresa.
A reunião, portanto, teve como principal discussão a preparação destas oficinas. Neste aspecto, também foram identificadas lacunas em aberto. Primeiramente, por ser necessário considerar os resultados de percepção social e institucional previstos no diagnóstico para um melhor planejamento do encontro. Além disso, a metodologia utilizada para alcançar os objetivos propostos pela oficina e até mesmo esses objetivos não foram explicados claramente. Houve também a falta de um planejamento estratégico para a realização das oficinas, incluindo a indefinição do público-alvo, a carência de propostas para a resolução de questões polêmicas relacionadas ao uso público do parque, entre outros pontos que precisam ser aperfeiçoados para que seja apresentado um resultado satisfatório ao fim do processo.
A iniciativa da Divisão de Unidades de Conservação (DUC) de que o processo seja acompanhado pelo Conselho do parque traz vantagens por contar com opiniões de diversos especialistas que conhecem e entendem o projeto desde seus primórdios. A ideia é inovadora no estado por somar conhecimentos e, com isso, aprimorar o documento final. Os benefícios já estão sendo colhidos quando recebe de maneira cautelar a preocupação do Curicaca e demais conselheiros e aumenta as chances de sucesso do Plano.
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