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CONABIO avaliará as listas de espécies da fauna e flora brasileira ameaçada de extinção com acompanhamento do Curicaca

Na Comissão Nacional de Biodiversidade, da qual o Curicaca é conselheiro, foram apresentadas pelo MMA as novas listas de espécies da flora e da fauna brasileiras ameaçadas de extinção.



Na revisão, as espécies podem ter (1) passado a ser consideradas ameaçadas e foram incluídas nas listas; (2) deixado de ser ameaçadas e foram retiradas das listas; (3) não terem sido revisadas e, por isso, permanece com o mesmo grau de ameaça da revisão anterior.


Enquanto instituição conselheira, temos a prerrogativa de apresentar até o dia 2 de junho alguma contestação justificada de espécies que consideramos não estarem posicionadas adequadamente. Nossa preocupação é se haveriam espécies que possam estar subestimadas em relação ao grau de ameaça ou que não tenham sido incluídas na lista como ameaçadas, embora sua situação seja grave o suficiente para isso.


As mudanças climáticas de origem antrópica são uma ameaça que vem sendo gradativamente melhor entendida e reconhecida como importante para esse enquadramento. Alguns modelos preditivos têm apontado o grupo de anfíbios como um dos que mais sofrerá em médio prazo com essas mudanças, acarretando extinções locai, regionais e globais. Um estudo publicado na revista Nature em 2023 aponta para as próximas décadas um risco de extinção de 40% das espécies desse grupo devido a essa ameaça.


Surpreendeu que o Grupo de Anfíbios não foi avaliado para a revisão em curso. Pelos prazos apresentados pelo MMA na reunião da CONABIO, a lista será publicada sem essa atualização, que está a cargo do Centro Nacional de Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do ICMBio. Um exemplo prático é a situação do sapo escuerzo (Ceratophrys ornata), que originalmente ocorria na Argentina, no Uruguai e no Brasil (apenas no Rio Grande do Sul). A espécie não é encontrada em território brasileiro há mais de 30 anos e no Uruguai já é considerada extinta. Caso seja avaliada como extinta na natureza para o Brasil, isso poderá mudar para mais crítica a sua situação de ameaça junto a IUCN, na qual hoje é considerada apenas Quase Ameaçada (NT).

 
 
 

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