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Plano de Ação Territorial Planalto Sul receberá ações do Instituto Curicaca

O Instituto Curicaca é uma das instituições que participa do Plano de Ação Territorial Planalto Sul desde a sua elaboração, como membro do Grupo de Apoio Técnico, e agora, iniciará a implantação de algumas ações que estão sob sua responsabilidade. O PAT Planalto Sul foi concebido com o objetivo de conservar espécies de flora e de fauna criticamente ameaçadas de extinção e que não estão amparadas em nenhuma outra política de conservação oficial, como em Planos de Ação Nacional ou em Unidades de Conservação. Esta estratégia, coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina e pela Secretaria de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, abrange uma área que envolve municípios dos dois estados, principalmente aqueles localizados no Planalto das Araucárias e nos Campos de Altitude.


Elaborado de forma participativa, o PAT Planalto Sul contém ações de conservação prioritárias a serem executadas por diversos atores de diferentes segmentos da sociedade comprometidos com a conservação e o uso sustentável da biodiversidade. As ações englobam desde o âmbito da pesquisa sobre as espécies, quanto às atuações que visam apoiar economias sustentáveis compatíveis com a conservação das espécies. O Curicaca, por exemplo, está envolvido na avaliação do estado de conservação atual de áreas de interesse ecológico do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além disso, promoverá uma Avaliação Ecológica rápida da Região do Banhado Amarelo, junto ao Canyon Josafaz na divisa entre os dois estados.


Todas essas ações visam preservar as 22 espécies que foram definidas como alvo do Plano. São cinco espécies da fauna, incluindo a coruja murucututu (Pulsatrix perspicillata pulsatrix) e a rãzinha-das-pedras (Cycloramphus valae), e 17 de flora, que abrange espécies de cravo-do-mato e de caraguatá. Todas estas constam nas Listas Oficiais de Espécies da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção em nível federal ou estadual, de SC ou do RS.


O que é um PAT?


Os Planos de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAT) surgiram como uma estratégia complementar aos já existentes Plano de Ação Nacionais - PANs, nos quais, inclusive, o Curicaca também tem ampla atuação. Os PANs estavam buscando formas de lidar com os desafios de gestão da conservação focando na visão e em estratégias territoriais. No entanto, como os PANs não foram pensados originalmente dessa forma, havia dificuldades nesta a adaptação, assim, surgiram os PATs. Nessa abordagem são consideradas espécies criticamente ameaçadas de extinção de diferentes grupos taxonômicos da fauna e da flora, dentro de um mesmo território, mas também é levado em conta as identidades culturais e socioeconômicas da região abrangida, oferecendo, assim, melhor compreensão dos desafios e das oportunidades. Além disso, os PAT são formas descentralizadas de gestão para os Estados, feitas através do programa federal GEF Pró-Espécies. Com essa maior proximidade das instituições gestoras e parceiras, é mais fácil promover a mobilização de pessoas e a otimização de esforços e recursos na redução dos impactos negativos sobre as espécies e seus ambientes e na promoção de boas práticas econômicas que ajudam em suas conservações.

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