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COA de Porto Alegre observa um Curicaca e o PROCERVO

Quem mora em Porto Alegre e gosta de aves não deve deixar de conhecer o COA, Clube de Observadores de Aves do Porto Alegre. Uma turma muito legal de apaixonados por aves, que se encontram periodicamente para realizar trilhas na natureza buscando o avistamento e o registro fotográficos de nossos amigos alados. A turma do Clube organiza também algumas palestras de associados e convidados de fora, pra ir conhecendo novos projetos, diferentes lugares com os quais possa estabelecer interações. Foi assim que convidou o Instituto Curicaca e o Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos para apresentarem o Procervo – Programa de Conservação do Cervo-do-Pantanal no Rio Grande do Sul – em reunião do Clube que ocorreu no dia 22 de novembro, no Jardim Botânico de Porto Alegre.


O Instituto Curicaca, que coordena o Programa, apresentou a evolução das iniciativas desde a sua criação em 2010. Alexandre Krob destacou a forte articulação multi-institucional em torno da conservação de uma população relictual criticamente ameaçada de extinção no estado e dos banhados que ocupa; o desenho de corredores ecológicos para que os animais que vivem no Refúgio possam interagir com outros fora; a elaboração de um plano de conservação com múltiplas ações estratégicas; o monitoramento contínuo feito pelo biólogo André Rosa dentro do Refúgio; o monitoramento feito pelo Instituto Curicaca em outros banhados; as pesquisas realizadas por estudantes da UFRGS; as preocupações no licenciamento ambiental pela FEPAM; entre outros.


Um vídeo editorado pelo biólogo André Rosa, gestor do Refúgio, fez grande sucesso. São apenas dois minutos de imagens preciosas de machos marcando território, fêmeas com filhotes e outras interações noturnas. Segundo André, cerca de 1000 imagens já foram geradas de indivíduos que ocorrem no Refúgio e constituem um acervo que permite grandes conhecimentos sobre a população e seu comportamento.


O biólogo Glayson Bencke destacou que, desde o início do Procervo, o avanço em conhecimento sobre a população relictual que vive na Bacia Hidrográfica do Gravataí foi gigantesco. As últimas informações sobre essa população, quando foi dada como quase extinta, datava de cerca de 40 anos atrás. Diversos membros do COA manifestaram seu interesse em contribuir com o Instituto Curicaca em sua atuação e um dos interesses comuns é ajudar para que as Unidades de Conservação melhorem cada vez mais na sua efetividade. O momento serviu para iniciar um diálogo de futuras parcerias e, como o Curicaca é uma ave, parece que a integração com o COA é um processo natural.


Foto: Beatriz Hasenack/FZB


 
 
 

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