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Curicaca é parceiro de iniciativa para qualificar resgate de fauna em hidrelétricas

No dia 27 de outubro, o Instituto Curicaca tornou-se parceiro do Programa de Educação Tutorial (Pet) da UFRGS destinado ao resgate de fauna. O projeto está inserido dentro do Centro de Ecologia da universidade e é coordenado pelo professor Andreas Kindel. O Pet pretende levar aos licenciadores de usinas hidrelétricas uma sugestão de abordagem metodológica mais eficiente no processo de resgate de fauna nos empreendimentos.


Ao analisar os resultados do monitoramento de cinco empreendimentos, as pesquisas mostraram que existem fragilidades no procedimento de resgate de fauna. A grande questão é saber o que de fato acontece com o animal após o processo. Existem três possibilidades: ele se adapta ao novo ambiente onde foi colocado; morre; ou ocorre um desequilíbrio na cadeia alimentar de forma que mata muitos animais do novo ambiente.


A proposta do projeto partiu dos estudantes que se interessaram pela análise de empreendimentos hidrelétricos e do monitoramento realizado pelas empresas envolvidas na área. Devido à experiência da ONG em converter conhecimentos técnicos em melhorias nas políticas públicas, os pesquisadores do Pet propuseram ao Curicaca a parceria. “Para nós é de extrema importância tornar-se um parceiro que ajude no aperfeiçoamento de termos de referências e normativas para o resgate de fauna, pois isso é uma necessidade ambiental, um interesse de gestores públicos e empresas e uma demanda social”, avalia o coordenador técnico do Instituto Curicaca, Alexandre Krob.


Como resultado do trabalho que vem sendo realizado, o Pet promoveu um workshop em setembro para técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), de empresas de consultoria ambiental, pesquisadores da UFRGS e estudantes. Os gestores assumiram publicamente que a normativa do resgate de fauna necessita aperfeiçoamentos. Muito do investimento que se faz nisso e no monitoramento não respondem a pergunta, do que efetivamente acontece com os animais. Na ocasião, Andreas Kindel avaliou que o resgate é uma obrigação e que deve ser criado um mecanismo que avalie as conseqüências do procedimento.

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