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Em nova reunião com IBAMA Brasília, Curicaca e seus convidados aumentam alerta sobre os impactos ambientais, sociais e econômicos de um porto em Arroio do Sal

Participaram da reunião pesquisadores do Ceclimar, UERGS, Instituto de Biociências da UFRGS, FURG e Diretoria de Meio Ambiente da Portos RS. Pelo Ibama, o presidente, Rodrigo Agostinho, a Diretora de Licenciamento Ambiental, Cláudia Barros, a Coordenadora da COMAR, Janaina Vieira, e o analista André do Bem.



Os impactos potenciais foram complexificados pelos técnicos, que apontam a inviabilidade da proposta. Além das espécies marinhas ameaçadas, apontou-se o atropelamento de fauna, congestionamento e cargas tóxicas na Rota do Sol, depósito das areias nas praias ao sul e avanços do mar ao norte, afetação na base alimentar do pescado pelo impacto bentônico, graves perturbações no turismo, riscos de contaminação com combustíveis, gases, resíduos tóxicos.


Agostinho colocou a equipe disponível para a escuta técnica. Demonstrou preocupação com os impactos ambientais cumulativos na Costa Gaúcha pelos empreendimentos de transporte e energia que vem se somando, que também por isso as análises têm que ser complexas. “Há casos em que o licenciamento pode levar até 10 anos”, disse ele.


Janaina reforçou que o processo está sendo avaliado cuidadosamente. Desfez boatos de uma iminente emissão da licença: “Nada está dado, tanto pode ser viável como inviável. Não há ainda um EIA e há muita água por rolar”. Também lamentou a inexistência de um estudo ambiental estratégico, que antecipe as regiões onde tais obras possam ser construídas. “Não há ainda uma solução para o acesso dos caminhões ao porto e esse é um grande gargalo”, complementou.


O coordenador técnico do Curicaca, Alexandre Krob, afirmou pelo conjunto que uma análise de alternativas locacionais considerando a opção do novo porto frente a melhorias no porto de Rio Grande ou Imbituba, com imensa redução de impactos ambientais, sociais e econômicos, torna a obra inviável e isso deve ser buscado.


Foi aberto um diálogo técnico e o IBAMA aguarda por novas informações técnicas, dados, estudos, pareceres e posicionamentos da sociedade que possam ajudar nas análises.

 
 
 

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