O que a poluição dos oceanos por plástico tem a ver com a mudança do Clima?

Nos últimos tempos a ciência deixou evidente o importante papel dos oceanos na captura do CO2 da atmosfera e na regulação climática. Especialmente por meio do fitoplâncton no processo de fotossíntese e por meio de ecossistemas com alta capacidade de sequestro e armazenamento.

Os microplásticos podem afetar negativamente o fitoplâncton, tanto de forma física como química, inibindo o crescimento, aumentando a mortalidade e prejudicando a produtividade primária.

Os resíduos plásticos maiores acumulam-se em ambientes costeiros e marinhos com alta capacidade de sequestro e imobilização de carbono, como manguezais, marismas, bancos de algas, reduzindo sua efetividade. O potencial do Carbono Azul seria diretamente prejudicado.

Há sinergia entre as soluções para os problemas.

Para a poluição dos oceanos por plásticos é fundamental eliminar os produtos de uso único, aumentar as embalagens reutilizáveis, melhorar muito a reciclagem e a logística reversa.

Se bem implementadas as medidas de redução de plástico, podem ter uma pequena influência na diminuição da demanda de petróleo, já que 98% dos produtos plásticos têm origem fóssil e cerca de 4% do petróleo bruto é separado para derivados petroquímicos.

Nessa perspectiva, estivemos na COP 30 criando oportunidades de nosso livro “O Caleidoscópio de Muriel: mirando a poluição dos oceanos por plástico” alçar escala na ajuda de educação ambiental para o problema e as soluções com corresponsabilidade multisetorial.

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