Proteção, restauração, indígenas e povos e comunidades tradicionais tiveram atenção especial do Curicaca na COP 30
- institutocuricaca
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A Cúpula dos Povos foi uma parte efervescente do encontro, com debates, manifestações, demanda por direitos e espaços de participação pelos movimentos sociais, que concentraram-se na Universidade Federal do Pará. O clímax foi a Marcha dos Povos, no dia 15, que reuniu 70 mil pessoas gritando pelo fim dos combustíveis fósseis, uma transição energética justa de verdade e a participação do povo nas decisões que rolam a portas fechadas na Zona Azul.

Os indígenas se concentraram na Aldeia COP, com cerca de 3 mil pessoas numa grande presença amazônica, mas também de outros biomas brasileiros e da América do Sul. Organizaram-se para ir às ruas num momento destacadamente seu, no dia 17, gritando em múltiplas línguas pela demarcação de terras, justiça climática e afirmando sua posição como parte da solução. A pressão deu resultado e no dia seguinte o Governo Brasileiro homologou 4 terras indígenas e assinou portarias declaratórias de outras 10.
Na Zona Azul, o dia 18 foi repleto de manifestações de delegações de povos e comunidades de todo o mundo, que se revezaram num espaço do corredor principal de acesso à Plenária, salas das delegações e espaços de negociação. As reinvindicações tinham em comum o impacto da mineração sobre os territórios, o descaso com a demarcação de terras, a falta de espaço para fazer parte das negociações, a ameaça trazida pela extração de petróleo, a demanda por justiça climática, problemas que se distribuem por todos os países.
A terça-feira 18 foi também dedicada ao Restauration Day e a restauração foi comemorada e ainda mais demandada nos painéis que ocorreram nas zonas azul e verde. As florestas dominam completamente a agenda e outros ecossistemas terrestres abertos e marinhos ainda estão em terceiro plano, tristemente. O Pampa é um tabu pelo gado exseus metano, já as áreas úmidas começam a aparecer. Nossas demandas e propostas focaram no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, seu funcionamento, acesso, parte dos recursos para os
outros biomas; e em valorizar e ampliar nossas parcerias com outras ONGs, redes e o MMA.