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UFRGS publica nota contrapondo informações da FEPAM sobre sapo-de-barriga-vermelha

Na última terça-feira (7), o Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiu um documento contrapondo o artigo da ex-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), Gabriele Gottlieb, publicado pelo jornal Zero Hora no dia 24 de abril. No texto, Gabriele explica que o sapinho-de-barriga-vermelha, ameaçado de extinção pela construção da Pequena Central Hidrelétrica Perau de Janeiro, estaria fora de risco em função da criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural e de um convênio entre a UFRGS e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para estudo e preservação da espécie.


Segundo o diretor do Instituto de Biociências, João Ito Bergonci, “em nenhum momento [os pesquisadores da instituição] propuseram formalmente, ou emitiram laudo ou parecer sugerindo que fosse efetuada ‘medida compensatória ao investimento’ e tampouco afirmaram que a instalação de uma ‘Reserva do Patrimônio Natural’ garantiria a preservação do sapo-de-barriga-vermelha”.


Bergonci ainda afirma que “os dados obtidos até o momento pelos pesquisadores apontam para um sério risco de extinção da espécie, caso a PCH Perau de Janeiro seja instalada. Além disso, negaram qualquer convênio entre a UFRGS e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ou tampouco com o empreendedor “para estudo e preservação da espécie”.


O Instituto enviou ainda um artigo de esclarecimento ao jornal Zero Hora, que não foi publicado, no qual afirma que “por coerência ética com esses estudos, a Universidade não firmou nenhum convênio com os empreendedores e não considera viável a implantação da usina. As informações contrárias veiculadas não são verdadeiras. A implantação da usina pode extinguir o sapinho-de-barriga-vermelha e, nesse caso, de que adiantará criar uma Unidade de Conservação? Servirá apenas como um monumento natural, biologicamente mais pobre, para lembrar a sociedade que suas decisões e atos podem ter consequências irremediáveis”.


A ampla divulgação dessa nota de esclarecimento é fundamental para que a sociedade perceba quais são os interesses de cada setor e para que, através da mobilização social, o sapinho-de-barriga-vermelha não desapareça para sempre.

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