Curicaca realiza oficina de iniciação à restauração ecológica com jovens Kaingang
- institutocuricaca

- 22 de set.
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O Curicaca vem ampliando sua parceria de recuperação de florestas com os indígenas Kaingang do Norte do Rio Grande do Sul e, desta vez, a iniciativa ocorreu na Comunidade de Pinhalzinho, na Terra Indígena Nonoai. O evento foi realizado na forma de uma oficina de iniciação à restauração ecológica, direcionada a um grupo de jovens, a maioria alunos da Escola Estadual Indígena Kaingang de Ensino Médio Cacique Sỹ Gre, conduzidos pela professora Márcia Cadete, de Português.

Cerca de 20 adolescentes conheceram os princípios da restauração ecológica, diferentes tipos e funções de árvores nativas utilizadas nessa prática, o processo de sucessão ecológica e as espécies relacionadas a cada etapa, bem como os procedimentos de plantio e manejo. Aproximadamente 600 mudas de espécies nativas — entre elas cereja-do-mato, guabiju, cedro, guabiroba, olho-de-pombo, ingá, angico, louro, araçá e rabo-de-bugio — foram plantadas pelo método de nucleação em uma área elevada, anteriormente desmatada para agricultura. As mudas, insumos agrícolas e ferramentas foram fornecidos pelo Instituto, e as atividades encerradas com um almoço comunitário.
A iniciativa integra o projeto Corredor Ecológico do Yucumã, desenvolvido pelo Curicaca, que envolve também aldeias e núcleos indígenas localizados na porção leste do corredor. O projeto conta com apoio do @wwfbrasil , na parte de restauração, e da @synchearth , em diálogos sociais e políticas públicas. Busca fortalecer a interconectividade de áreas de grande importância para a biodiversidade, como o Parque Estadual do Turvo – no Brasil –, o Parque Provincial do Moconá e as florestas missioneiras da Reserva da Biosfera de Yabotí – na Argentina –, além das terras indígenas de Guaritas, Nonoai, Rio dos Índios e Iraí, habitadas pelas etnias Kaingang e Guarani.
Além da restauração ecológica, a atuação do Curicaca promove a troca de saberes tradicionais e científicos, valoriza a biodiversidade por meio do etnoconhecimento e fortalece modos de vida que contribuem para a conservação das florestas e de sua riqueza, inclusive de anfíbios e grandes felinos.


