Curicaca recebe prêmio de excelência nacional pela salvaguarda do patrimônio cultural imaterial

O Instituto Curicaca foi um dos 18 projetos de todo o Brasil homenageados na 37ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O tema dessa edição foi “Patrimônio Cultural, Territórios e Sustentabilidade”, destacando iniciativas que promovem a conservação de saberes, práticas e espaços culturais em contextos urbanos, rurais e periféricos, com atenção especial à sustentabilidade social, ambiental e econômica.

A premiação, que reconhece ações de excelência para preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural brasileiro, teve 274 projetos inscritos. Dentre as ações premiadas, está o trabalho de salvaguarda do Modo de fazer artesanato com palha de butiá na Região de Torres, realizado pelo Instituto Curicaca desde 2003, no litoral norte gaúcho.

Para receber o prêmio, em nome do Curicaca e sua equipe, estiveram em Brasília a coordenadora de educação e cultura, Patrícia Bohrer, e o coordenador técnico e de políticas públicas, Alexandre Krob. “Dedicamos este prêmio às mulheres detentoras do modo de fazer artesanato com palha de butiá da região de Torres, que o vem transmitindo há mais de 150 anos dentro do universo feminino”, disse Patrícia, dirigindo-se a convidados de todo o Brasil e às autoridades presentes.

O projeto conduzido pela ONG propõe a identificação, a preservação e a valorização do modo de fazer artesanato com palha de butiá, destacando o chapéu como símbolo cultural da comunidade rural que vive naquele sítio cultural do Rio Grande do Sul. A ação busca transmitir esse saber às novas gerações, com ênfase no protagonismo feminino.

“Sentimo-nos honrados com esse reconhecimento, em meio a tantas outras lindas iniciativas de salvaguarda cultural de todo o Brasil, desde o Parque do Tumucumaque, no Pará, até o Parque de Itapeva, no Rio Grande do Sul. Isso, merecidamente, coloca nossas queridas detentoras deste saber numa projeção nacional como parte reconhecida da diversidade cultural brasileira”, declarou Alexandre.

Saiba mais no site Artes do Butiá.