top of page
Buscar

Laboratório de Sementes da Secretaria Estadual de Agricultura e Curicaca instalam arboreto com butiá-da-praia, sob as incertezas da estação de pesquisa

O Laboratório de Sementes da Secretaria Estadual de Agricultura vem criando arboretos de diferentes espécies de palmeira butiá que ocorrem no Rio Grande do Sul. Um deles, com o butiá-da-praia (Butia catarinensis), recebe especial colaboração do Instituto Curicaca, por ser uma espécie ameaçada de extinção com a qual a ONG trabalha pela conservação e uso sustentável desde 2003, no Litoral Norte.

ree

A implantação do arboreto atende a diversos objetivos estratégicos, entre os quais o incremento do acervo genético do DDPA de butiazeiros (Butia spp.) no Banco Ativo de Germoplasma. Junto disso, também funcionará como um local acessível para estudos aprofundados sobre a espécie B. catarinensis, abrangendo pesquisas sobre seus métodos de propagação, fenologia, interações com polinizadores e a influência de fatores ambientais.



O plantio é feito no formato de mandala. A proposta de utilizar um modelo circular possibilita avaliar o efeito que diferentes espaçamentos e a consequente competição exercem sobre o desenvolvimento das plantas, como seu crescimento e o início do ciclo reprodutivo. Além disso, agrega um relevante aspecto paisagístico para visitações, dias de campo e eventos de divulgação, consolidando a proposta de aliar conservação, pesquisa e aproveitamento econômico.



A instalação ocorre na estação de pesquisa de Viamão, anteriormente administrada pela extinta Fepagro, onde técnicos e cientistas da Secretaria de Agricultura mantêm atividades de geração de conhecimentos. Depois da lamentável e contestada extinção da fundação, a área vem sendo gerida com descaso pelo Governo do Rio Grande do Sul. Sobre ela, pairam dois destinos que colocam as pesquisas em risco: um projeto que pretende doar 88 hectares para que a prefeitura de Viamão destine a loteamentos — acreditem — e uma retomada Guarani, hoje cercada pela insegurança de não haver um acordo concreto de cogestão e divisão do território para compartilhamento com a pesquisa, como foi feito na estação de Maquiné.

 
 
 

Comentários


bottom of page