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Agendas bilaterais de Clima e Biodiversidade devem atender a sociedade e incluir ecossistemas do Sul

Está se estabelecendo uma cooperação bilateral entre o Governo dos Estados Unidos da América e o Governo Brasileiro, que deverá ser acertada durante a Cúpula de Chefes de Estado pelo Clima, no dia 22 de abril em Washington. Pelo pouco que se sabe, pois tudo ocorre a portas fechadas, a iniciativa deverá destinar alguns bilhões de dólares para o enfrentamento do Aquecimento Global, principalmente por meio de ações direcionadas à Amazônia. Surge a questão: o Governo mudaria o que vem fazendo e romperia seus compromissos com setores que vêm realizando queimadas, desmatamento, garimpo em terras indígenas, expandindo a pecuária por sobre a floresta derrubada, ou simplesmente faria de conta?


Desde algum tempo, há uma enorme e crescente indignação com a atuação do Governo do Brasil no retrocesso da legislação ambiental, no aparelhamento e desmonte dos órgãos federais atuantes no tema, na negação à ciência e interferência nas instituições de pesquisa, no ataque e perseguição às organizações sociais e aos povos indígenas. Tudo isso tem tido graves implicações negativas na conservação da biodiversidade e no equilíbrio climático, demonstradas por indicadores gerados em instituições nacionais e internacionais com alta credibilidade científica. A inércia dessa forma de agir é muito grande, pois muitas das condições para a conservação dos biomas e do mar brasileiros foram construídas durante anos, desmanteladas rapidamente e necessitam de muita vontade política, motivação, dedicação e um bom tempo para recuperá-las.


Então, a resposta à pergunta é que isso não acontecerá se a sociedade brasileira não for envolvida - pesquisadores, ONGs, lideranças indígenas - para propor o que fazer e monitorar a cooperação. Por isso, um conjunto de 29 instituições de pesquisa e de organizações não governamentais com atuação direta em conservação da biodiversidade e minimização das mudanças climática, dentre elas o Instituto Curicaca, resolveu alertar o Presidente Biden e seu Assessor para o Clima, John Kerry. Além disso, chama a atenção para o papel dos Campos Sulinos, das Florestas com Araucária e ambientes aquáticos associados para garantir biodiversidade e armazenar e capturar Carbono contribuindo par


a a gestão do Clima. Para tal, escreveu um manifesto que, por meio de intermediários, chegou essa manhã de 20 de abril às mãos dos assessores de Biden e ao Embaixador Norte americano no Brasil. O documento, em inglês, pode ser lido na íntegra. Logo, logo disponibilizaremos também uma versão em português.




Manifestacao do Sul do Brasil Biden-Bols
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