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Instituto Curicaca atuou no controle de incêndios no Pantanal

A equipe técnica do Instituto Curicaca deslocou-se para a Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal para dar apoio no levantamento da mortalidade de fauna causada pelo fogo. A reserva está localizada no Mato Grosso (MT) e é uma das áreas mais relevantes para a conservação da biodiversidade daquele ecossistema.



O biólogo do Instituto Curicaca, Ismael Brack, e o estagiário de biologia, Douglas Berto, ficaram responsáveis pelo mapeamento aéreo das parcelas com o drone Phantom 4 Pro de propriedade da ONG. O trabalho teve início ainda em setembro do ano passado, quando o índice de incêndios batia recordes e preocupava a todos. Foram feitas amostragens de varredura a pé sobre 423 parcelas de 100x100 metros procurando carcaças de vertebrados que teriam morrido em consequência do fogo, como a morte direta ocasionada pelo incêndio, ingestão de fumaça, sede, fome entre outros. Em cada quadrado amostrado foi produzida uma foto com o drone a 110 metros de altura para que fosse possível captar toda a área onde foi realizado a amostragem e registrar informações do impacto do fogo nos diferentes tipos de vegetação da reserva. A partir dessas amostragens serão geradas estimativas de mortalidade para toda a RPPN Sesc Pantanal.


Essa informação poderá ser utilizada como variável para entender como foi o impacto do fogo nos animais em diferentes tipos de vegetação, podendo variar a intensidade do fogo, a quantidade e detecção de carcaças, a diversidade de animais encontrados e outros fatores que podem ter relação com o tipo de vegetação. Além disso, a partir da repetição dessas fotos aéreas ao longo do tempo, poderemos ter uma ideia de como se dá a regeneração da vegetação pós fogo para as diferentes fisionomias da reserva, como exemplo as áreas campestres, florestais e arbustivas.



A metodologia que está sendo empregada no projeto é inovadora e contou com a colaboração de diversos voluntários de muitas instituições (Museu Nacional - UFRJ, Fiocruz Ceará, UFRGS, UFMT, Sesc Pantanal). Se não fosse a mobilização e dedicação dos participantes, não seria possível realizar uma amostragem tão detalhada, que permitirá alcançarmos resultados robustos e que servirão de referência para a compreensão do impacto de incêndios no Pantanal e, possivelmente, em outros biomas ao redor do mundo.

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