A primeira expedição do projeto de monitoramento de lobos e leões marinhos e de aves costeiras nas praias da zona de influência do Parque de Itapeva e do Refúgio Ilha dos Lobos, que ocorreu no dia 3/10/14, além de gaivotas, trinta-reis e batuíras encontrou tartarugas-marinhas mortas na praia. A iniciativa é patrocinada pela Fundação O Boticário.
A espécie achada pelos técnicos do Instituto Curicaca e do Parque de Itapeva foi a Careta careta, conhecida popularmente como cabeçuda. Um adulto anilhado, com casco medindo cerca de 75 cm, e um jovem, com casco com 30 cm. O número da anilha será enviada para o TAMAR, projeto que monitora as tartarugas na costa brasileira, o que deve ser feito por qualquer um que encontre um exemplar anilhado.
O adulto tinha morrido devido aos ferimentos de um anzol, que estava preso a sua boca e o impediu de se alimentar. Isso acontece quando a tartaruga é atraída pelas iscas de espinheis, utilizados para pesca em alto mar. A cabeçuda é uma espécie carnívora, que se alimenta de mexilhões, caranguejos, moluscos e outros invertebrados. Quando estão em migração, são mais oportunistas e buscam o que está disponível. Nesse caso, são atraídas pelas iscas e também se enganam consumindo plásticos ao pensarem que são águas-vivas.
Quando uma delas é pescada acidentalmente, seria de se esperar que o anzol fosse retirado pelo pescador, mas não foi o que ocorreu nem com essa nem com tantas outras que morrem da mesma forma. Assim como seria de se esperar que as pessoas tivessem cuidado com o seu lixo evitando que esse seja carregado pelas chuvas ou pelas ondas e alcance o mar. Sacolinhas e embalagens plásticas podem ter esse destino, virar alimento errado de tartaruga-marinha e selar seu destino, a morte certa.
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