O Conselho do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, que estava desativado desde 2008, retomou suas atividades no final de abril. Ao longo de 2012, o Instituto Curicaca participou junto à gestão do Parque da organização de um curso para capacitação dos conselheiros, que acabou não acontecendo por falta de recursos. Por isso, o ICMBio decidiu pela retomada dos trabalhos, convocando o conselho na sua condição atual, um ponto positivo para a Unidade de Conservação (UC) por ser um instrumento fundamental para seu funcionamento, e uma ação que gera expectativas quanto às melhorias que serão possíveis.
No encontro, foi criada uma câmara técnica para tratar das questões que envolvem o turismo dentro da UC. A área conta com grande número de visitantes e a expectativa é que, com a Copa do Mundo, o número se intensifique. A ideia inicial é de que o turismo seja regulado através de acordos para o uso público do Parque conforme a demanda de atividades. O Curicaca, entretanto, defende a importância da criação do Plano de Uso Público, instrumento que aprofunda o entendimento das fragilidades e do que pode e o que não pode ser feito conforme as especificidades da área.
Também foi montado um Grupo de Trabalho para pensar a reformulação do Conselho e o seu regimento interno. Questões como tamanho, representação e representatividade precisarão ser discutidas. Entre os 32 membros, por exemplo, sete são representantes de pescadores da região, o que significa quase 25% dos conselheiros. Outras questões que precisam ser readequadas é a sobreposição de algumas representações, a ausência de importantes setores no Conselho e a fragilidade na forma como os conselheiros internalizam as discussões nas instituições e setores que representam.
O próximo encontro dos dois grupos acontece no dia 23 de maio, na sede do Parque, em Mostardas (RS).
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