Quando teremos um Unidade de Conservação nas Dunas de Cidreira?
- institutocuricaca

- 15 de ago.
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A resposta vem da interpretação dos impulsos esparsos relacionados ao tema, muitos deles estimulados pelo Curicaca, senão já tinha caído no esquecimento. Um dos últimos foi a inclusão desta área entre as prioridades de criação de Unidades de Conservação federais até 2026, o que aconteceu em oficina do MMA realizada em Brasília no final de 2024. Não descansaremos enquanto ações concretas não forem realizadas pelo ICMBio ou pela Sema/RS.

As Dunas de Cidreira, também conhecidas como Lençóis Cidreirenses, são um dos últimos locais do Rio Grande do Sul onde ainda se encontra toda a sequência de ambientes costeiros preservada: praia, dunas frontais, grandes dunas, banhados e lagoas. Esse ecossistema de alto valor biológico e paisagístico abriga espécies ameaçadas, como o tuco-tuco e a lagartixa-das-dunas.
Em 2009, o Instituto Curicaca moveu uma ação judicial que resultou na cassação da licença de instalação de um parque eólico sobre esse rico ambiente natural. A área, já apontada como prioritária pela política nacional de conservação da Mata Atlântica e da Zona Costeiro-Marinha, tinha previsão para ser transformada em Unidade de Conservação (UC). Desde então, a ONG tem atuado como articuladora do processo, provocando os órgãos gestores, promovendo estudos técnicos, mobilizando a sociedade e reunindo subsídios científicos em parceria com universidades e outras organizações especializadas.
Como parte do compromisso dentro do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Lagoas do Sul, em 2018 a então Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Sul (Sema/RS) emitiu um parecer técnico recomendando a criação da UC, com definição de limites e reconhecimento da necessidade de proteger toda a sequência de ambientes costeiros – da praia às lagoas existentes na região. Também foi prevista uma porção marinha para proteger o Parcel de Cidreira.
A parte terrestre conservará o remanescente mais importante de dunas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, conforme estudos comparativos realizados pela ONG em 2018. A parte marinha é prioritária para a Coalizão CostaMarSul.


